Françoise Hardy foi um saudoso sopro de ar fresco durante o sexo, drogas e o rock ‘n’ roll dos anos 1960. A cantora começou sua carreira muito cedo. Assinou o seu primeiro contrato discográfico em 1961, aos 17 anos. Sua voz doce e beleza estonteante alcançaram rapidamente as paradas de sucesso e também o mundo da moda e do cinema.
O seu primeiro disco teve o primeiro sucesso de sua carreira, assinado ela própria. “Tous Les Garçons et Les Filles”. O lançamento coincidiu com a explosão do Yé-yé (também conhecido como Yê-yê-yê ou Jovem Guarda no Brasil) no mundo inteiro, o que fez com que ela fosse imediatamente identificada ao movimento, que acabou por torná-la conhecida mundialmente. O disco de estreia vendeu mais de um milhão de cópias e daí para a frente a sua carreira não parou mais.
Compunha canções tristes ao violão e cantava com voz baixa mas, ao mesmo tempo, uma aura de tristeza, contemplação e charme vinham desse combo. Ao longo de sua carreira se aproximou de músicos como Serge Gainsboug e da música brasileira. Nos anos 90 gravou com Blur, com o Air, tem dois livros publicados (mas só encontrei um deles em ingles: The Despair of Monkeys and Other Trifles: A Memoir by Françoise) e e segue lançando discos e influenciando uma nova geração de cantoras.
Misteriosa, docemente ingênua e completamente desejável, foi ícone da música, moda e estilo dos anos 60. A doçura elegante de Françoise Hardy merece ser relembrada. As fotografias incríveis e duradouras de Hardy, especialmente as do famoso fotógrafo Jean-Marie Perier, que a fotografou vestida na Dior, Yves Saint Laurent, Andre Courréges e Paco Rabanne, instâneamente fizeram dela um ícone de estilo.
Sua beleza andrógina era marcante. Os cabelos compridos com franjinha eram arrematados pelos olhos dramáticos, emoldurados num rosto cheio de graça. Françoise Hardy tornou-se um ícone de estilo, de vanguarda e, muito mais que isso, um símbolo da cultura francesa dos anos 60 – sua imagem está estreitamente associada às botas brancas, à minissaia e aos estilistas André Courrèges, Yves Saint Laurent e Paco Rabanne.
Sua timidez e um certo desconforto com a fama e toda a adoração que vem com ela, as vezes fica claramente evidente em suas fotos. Com um olhar distante e sorriso preguiçoso, Françoise Hardy é como um sonho melancólico do qual você não quer acordar.